7 Perguntas e Respostas sobre Imunidade
1- Por
que certas pessoas ficam mais doentes que as outras?
Assim como as pessoas são
diferentes fisicamente, tanto por influência familiar, pelo ambiente e pelo
estilo de vida, os seus sistemas imunológicos também apresentam capacidades
distintas e consequentemente diferentes respostas ao tomar contato com os
diferentes germes do meio em que vivem, resultando em doença em alguns e em
outros não.
2- O que faz a
imunidade baixar e como podemos aumentá-la?
A baixa da
imunidade, também conhecida como imunodeficiência, pode ocorrer em pessoas
previamente saudáveis, quando em algum momento da vida são expostas a situações
que desequilibram o sistema imunológico, tais como o estresse físico ou
emocional, doenças virais, doenças metabólicas, desnutrição, abuso de
álcool, drogas e uso prolongado de medicamentos, dentre outras causas que
repercutem com um efeito negativo nas defesas do organismo.
O excesso de
exercícios, um estado de estresse prolongado, períodos curtos de sono, a falta
de repouso adequado, algumas doenças crônicas descompensadas e um ambiente sem
saneamento básico e higiene são fatores que também contribuem para a falha da
imunidade.
Alguns indivíduos
nascem com uma predisposição genética determinada, sendo esta conhecida como
imunodeficiência primária.
3- Em relação a
dieta, o que influencia na imunidade?
O sistema imune
depende de uma alimentação equilibrada com vitaminas e proteínas, portanto a
alimentação moderna, com o consumo exagerado de frituras, doces e alimentos
industrializados poderá resultar em falhas na resposta imunológica.
Uma dieta rica em
frutas cítricas, devido as suas funções antioxidantes e anti-inflamatórias, com
vegetais verde-escuros, tais como couve, espinafre, rúcula e brócolis, que pela
presença de ácido fólico ajudam na produção dos glóbulos brancos e com a
ingestão de proteínas, que correspondem a matéria prima dos
anticorpos, sendo encontradas em carnes, ovos, frutos do mar e grãos, contribui
muito com a capacidade de resposta imune.
4- Qual a importância da quantidade de glóbulos brancos?
Os glóbulos
brancos, ou leucócitos, são células encontradas no sangue e possuem a função de
combater as infecções ou corpos estranhos, fazendo parte do sistema de defesas
imunológicas do corpo humano. A quantidade dos glóbulos brancos nos exames de
sangue pode orientar o diagnóstico de doenças infecciosas, inflamatórias,
câncer e até leucemias.
A diminuição
destas células pode indicar a presença de alguma infecção viral ou pode
significar que a pessoa está predisposta desenvolver quadros infecciosos.
O estudo dos
leucócitos se realiza no hemograma e esta análise não é necessário estar em
jejum.
Vale lembrar que o
aumento destas células pode indicar a presença de uma infecção bacteriana. O
importante é que estes dados devem sempre ser avaliados por um médico e
confrontados com os sintomas do paciente.
Os seguintes
alimentos podem influenciar o aumento dos glóbulos brancos:
O chocolate preto,
por ser rico em zinco, o iogurte e probióticos, os alimentos ricos em vitamina
C, os vegetais verde-escuros e as fontes de ômega 3, como salmão, sardinha,
atum, ovo e frutas secas.
Na Europa, as
propagandas das redes de lanchonete de “fast food” são acompanhadas de um aviso
para o público alvo consumir de cinco a seis porções de frutas por dia.
Além da
alimentação, a prática regular de atividades físicas estimula o sistema imune,
com a manutenção dos glóbulos brancos e reduz o estresse e a ansiedade,
combatendo os seus efeitos nocivos sobre a saúde.
Realizar
exercícios físicos pelo menos três vezes por semana, com a orientação de
profissional competente e a avaliação médica devida, acarretará efeitos
benéficos sobre a saúde geral, fortalecendo nosso organismo.
5- Por que as
vacinas são mais eficientes para uns do que para outros?
O Brasil possui um
programa de vacinação que é modelo mundial, nele as vacinas são usadas para
induzir a proteção contra determinadas doenças infecciosas, resultando na
produção de anticorpos específicos, de acordo com um calendário de vacinação
cientificamente estabelecido pelo Ministério da Saúde e a comuidade médica.
O tipo de vacina,
a dose, a via de aplicação e a presença de anticorpos prévios para a doença em
questão, influenciam a efetividade das mesmas após a aplicação. Outros quadros
podem alterar os efeitos das vacinas são as doenças crônicas ou relacionadas à
imunodeficiência, como o Lupus Eritematoso Sistêmico e a infecção pelo HIV, o
uso prolongado de medicamentos que
baixam a imunidade, como os corticosteroides e imunossupressores, os pacientes
transplantados e os que retiraram o baço, podem apresentar alguma falha na
função ou complicação da vacina.
6- O contato com micróbios é benéfico para o sistema imunológico?
No final dos anos
80, o médico inglês David Strachan, divulgou a Teoria da Higiene, sugerindo que
as crianças que vivem em ambientes extremamente limpos e estéreis são mais
propensas a desenvolver algumas doenças alérgicas, como a rinite e a asma.
Recentemente após um estudo publicado na revista científica
"Science", uma das mais respeitadas do mundo, voltou à tona um
assunto no mínimo polêmico para as mães de plantão: o contato das crianças com
bactérias pode ser benéfico?
Este estudo
mostrou que a convivência com animais de estimação e com um pouco de sujeira na
infância fornece ao organismo bactérias que ajudam o sistema imunológico a
ficar mais resistente, diminuindo assim o desenvolvimento de asma e rinite nas
crianças expostas.
O contato com os
micróbios estimula a produção de anticorpos e aumenta as defesas nas mucosas
intestinais, respiratórias e pele, além de ocorrer uma competição entre
bactérias que não causam doenças com as mais agressivas, mantendo o equilíbrio
da população de bactérias que fazem parte da microbiota.
Contudo as pessoas
não devem esquecer que em locais sem condições de higiene adequadas, com esgoto
a céu aberto e poluição ambiental, não se deve permitir que uma criança seja
exposta sem nenhum cuidado. Hábitos como lavar as mãos, higienizar os alimentos
e os objetos dos bebês, além do acesso ao saneamento básico, amamentação e aos
programas de vacinação diminuíram o impacto das doenças infecciosas e a
mortalidade infantil.
Se por um lado, um
ambiente muito limpo pode diminuir os estímulos imunológicos facilitar o
surgimento de quadros alérgicos, como rinite e asma, por outro lado não se deve
permitir que uma criança tenha acesso a coisas muito sujas, portanto não se
deve abandonar os hábitos de higiene.
O contato com
alguns germes é importante porque ensina o sistema imunológico a desenvolver os
mecanismos para reconhecer e formar os anticorpos necessários para melhorar a
resistência para futuramente combater uma eventual infecção mais complexa.
O ser humano nasce
com a capacidade para lidar com os germes presentes no meio ambiente e isso não
deve ser subestimado.
7- Quais os fatores que podem influenciar a
imunidade?
Um estilo de vida
pouco saudável, caracterizado por poucas horas de sono, ausência de repouso
adequado, altos níveis de estresse, desgaste físico, sedentarismo, depressão,
abuso de álcool, drogas e cigarros, e sexo praticado sem proteção, podem
acarretar numa diminuição importante da imunidade.
Em relação ao
sexo, são vários os benefícios da sua prática para a imunidade, pois se trata
de uma atividade que diminui a ansiedade, reduz o nível estresse, relaxa e
melhora o padrão do sono. Por ser equivalente a um exercício cardiovascular,
traz todos os seus benefícios relacionados, como a melhora da resistência e a
manutenção dos glóbulos brancos no organismo, além proporcionar um bom estado
de humor. Lembrando sempre que o sexo deve ser seguro.
Portanto,
respeitar pelo menos oito horas de sono, praticar atividades físicas
regularmente, ter uma vida sexual saudável e uma alimentação equilibrada, além
de evitar o consumo de drogas, o tabagismo e o abuso de bebidas alcoólicas,
contam muito para a capacidade de resposta do sistema imunológico.
A imunodeficiência
primária está ligada a fatores genéticos e deve-se procurar a avaliação médica
adequada, ao se observar a presença de alguns sinais de alerta, tais como dois
ou mais quadros de pneumonia no período de um ano, infecções de ouvido ou de
pele de repetição, diarreia crônica, asma grave, um episódio de infecção grave
(meningite, osteoartrite, septicemia) e história familiar de imunodeficiência.Atividades voluntárias também contribuem para a imunidade.
Esportes ao ar livre melhoram a resistência e a manutenção da saúde.
* Em breve matéria sobre atividades em cavernas!
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